A ciência possui papel fundamental no desenvolvimento de todos os setores da sociedade. Porém, em uma área de grande importância, a ciência ainda peca: a extensão. Comunicar à sociedade em linguagem adequada os avanços obtidos e os resultados de grandes investimentos governamentais e privados são imprescindíveis para a boa compreensão de nosso trabalho.
Pesquisa realizada em 2017 nos Estados Unidos, pela Michigan State University, buscou avaliar a percepção dos consumidores sobre a produção e qualidade dos alimentos. Entre os resultados obtidos, destaca-se o pouco entendimento do público sobre alguns conceitos científicos: 37% dos entrevistados acreditam ser verdadeira a informação de que “alimentos geneticamente modificados possuem genes e não-modificados não possuem gene”. Outro dado interessante diz respeito à confiança dos consumidores em indivíduos ou grupos de pesquisa na área de saúde e segurança de alimentos: enquanto a maioria, com um número de 59%, confia em cientistas acadêmicos, o valor cai para 49% de confiabilidade em cientistas ligados ao governo e 30% em cientistas do setor privado. Nessas mesmas questões, nota-se uma crescente descrença no sentido oposto, onde 30% dos entrevistados não confia em pesquisas do setor privado.
Enquanto as razões para esse tipo de percepção do público são as mais diversas e não cabem em uma discussão breve, o dado mais importante a ser extraído é a necessidade da comunidade científica em melhorar seu serviço de extensão e se aproximar da comunidade, principalmente em nível local e regional.
A pesquisa na íntegra, incluindo outras respostas e dados sobre a metodologia de pesquisa, se encontra no site da Michigan State University: http://www.canr.msu.edu/news/msu-food-literacy-and-engagement-poll.