Uma frente inovadora para a ecotoxicologia: a estatística espacial

A ENTO+ vem trabalhando em uma frente inovadora para a ecotoxicologia: a estatística espacial. Utilizando das ferramentas de geoestatística, damos um salto inovador dentro da toxicologia.

A geoestatística consiste numa metodologias para estudar a dependência espacial de uma variável aleatória qualquer. Em toxicologia, esta ferramenta possui inúmeras aplicações nunca antes utilizada. A ENTO+ vem inovando com a utilização desta ferramenta espetacular que pode auxiliar na identificação prévia e evolução da resistência, erros experimentais e translocação de inseticidas sistêmicos.

Imagina receber um desanimador parecer técnico informando que a mortalidade de uma determinada praga submetida em campo a um bioensaio com um promissor inseticida foi de 75%. Esta resposta pode sim ser desanimadora e indicar o surgimento de uma população resistente, mas pode também indicar uma erro de experimentação inaceitável. Veja no exemplo ao lado, nas duas áreas experimentais a mortalidade foi exatamente a mesma, 75%. Na primeira área a mortalidade foi relativamente uniforme e pode representar o surgimento de uma população resistente. Já na segunda área a mortalidade não foi uniforme e na região oeste a mortalidade foi substancialmente menor, e na região leste a mortalidade foi próxima a 100%. Esta diferença pode indicar um erro experimental, talvez ocorrido devido a vento da região oeste para leste. Este tipo de problema só pode ser identificado através da estatística espacial.

Utilizamos a estatística espacial para identificar também possíveis falhas de controle. Esta análise nos permite tanto prever a evolução da resistência e, assim, realizar ações para diminuir esta resistência. Podemos também identificar qual a região exata que a resistência está ocorrendo, e poder trabalhar esta resistência pontualmente, diminuindo os gastos e prejuízos com o manejo desta resistência. Um exemplo pode ser observado no trabalho ao lado, onde a resistência de Aedes aegipty foi acompanhada ao longo dos anos. Se análises de geoestatística fossem realizadas anualmente, a resistência poderia ser manejada desde o ano de 2000 e apenas na região nordeste. Hoje podemos observar que a resistência do mosquito já se encontra elevada em todo o território nacional.

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